CPRH em greve!
Servidores da Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH) paralisaram as
atividades, nesta quinta-feira (8), para reivindicar aumento salarial e
benefícios continuados. Atualmente, há 390 funcionários lotados no órgão, sendo
366 concursados, segundo um dos representantes da categoria, Jefferson Bonfim.
Em 2011, houve outra paralisação, interrompida após o governo firmar um acordo,
que não foi cumprido, segundo os servidores.
"Ficou garantido uma implementação do plano de cargos, carreiras
e vencimentos (PCCV), que aconteceria em dezembro de 2012. Porém, o que foi
feito foi apenas uma lei complementar que não trouxe a data da repercussão
financeira desse plano acordado em 2011, e o governo propôs a implementação
desse plano só no segundo semestre de 2014", explicou Jefferson Bonfim.
A categoria pede a reposição da inflação de 13% em setembro de 2013,
outra de 13% em 2014 e uma complementação do PCCV no segundo semestre de 2014.
"Nossa proposta inicial é que haja uma equiparação dos nossos
salários-base com dos servidores da ATI [agência de tecnologia do governo do estado].
Para o nível superior, o salário-base da CPRH é de R$ 3.763, enquanto da ATI é
de R$ 5 mil", acrescentou o representante da categoria.
Os servidores informaram que receberam um ofício da CPRH para que 30%
dos serviços essenciais da agência continuem funcionando durante a paralisação.
"Vamos definir ainda quais servidores farão esses serviços",
finalizou Jefferson Bonfim.
Em nota, a Secretaria Estadual de Administração disse que apresentou
“propostas de reajuste linear de 6,5% em 2013 e de 5,5% em 2014; regularização
do plano de cargos e carreiras, o que pressupõe uma avaliação de desempenho que
será iniciada em dezembro, com efeito financeiro para novembro do ano que vem;
e o enquadramento por titulação adicional, que causará impacto financeiro a
partir de junho próximo”.
A secretaria acrescentou que o governo já havia assinalado que o
aumento requisitado inicialmente pelos servidores era inviável para as contas
públicas, tendo em vista o estabelecido pela Lei de Responsabilidade Fiscal,
que estipula para os estados o limite de 49% da receita corrente líquida para
gastos com pessoal. “Passado o índice, [os estados] ficam impedidos de receber
transferências voluntárias da União. Pernambuco atualmente encontra-se na faixa
de alerta, registrando o índice de 44,92%, fruto de trabalho no corte de
despesas e manutenção da arrecadação de 8% do ICMS.”
O governo adiantou que tomará as medidas legais cabíveis para a
retomada do serviço visando não prejudicar a população. Nesta sexta (9), às 9h,
os servidores informaram que têm reunião agendada na Secretaria de Administração.
Com informações do Portal G1
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