Funcionário dos Correios é preso no DF por 'interceptar' cartões bancários
Um funcionário dos Correios foi preso em flagrante no Distrito Federal, na tarde desta
sexta-feira (20), suspeito de roubar cartões bancários no setor de triagem do
órgão, antes do envio aos proprietários. Policiais civis encontraram 12 cartões
de débito e crédito no carro do suspeito, ainda nos envelopes das instituições financeiras.
O delegado-chefe da 10ª DP (Lago
Norte), Ricardo Viana, diz
acreditar que os cartões apreendidos foram roubados apenas nos últimos dois
dias. Até a tarde deste sábado (21), não havia estimativa do total de itens
roubados.
"Como carteiro, ele recebe uma relação dos documentos que precisa
entregar. Para burlar essa situação, ele ia direto na seção de registros. Antes
mesmo de os documentos serem registrados e caírem na relação dele, ele se
aproximava para subtrair esses cartões", diz Viana.
As investigações começaram há cerca de dois meses, quando aumentaram os relatos
de cartões extraviados no Lago Norte, na Asa Norte e no Park Way. Os casos foram
comunicados à delegacia do Lago Norte, que passou a investigar o possível
envolvimento de alguém dentro dos Correios.
O suspeito tem 26 anos e é servidor concursado há um ano e cinco meses, segundo
depoimento na delegacia. A polícia ainda investiga se ele chegou a usar os
cartões para realizar compras e se faz parte de uma quadrilha. O carro que ele
dirigia, modelo 2014, pode ser um indício. A prestação custa R$ 700 ao mês,
quase metade do salário de R$ 1,5 mil recebido pelo homem.
"As investigações vão prosseguir no sentido de detectar se ele estava
mesmo, como todos os indícios apontam, utilizando esses cartões. Cada situação
em que ele estiver utilizando vai gerar um procedimento investigativo e um
indiciamento no crime de estelionato", explica o delegado.
O homem foi abordado pelos policiais quando passou dirigindo em alta velocidade
pelo Lago Norte, por volta das 16h de sexta. Ele vai responder pelo crime de
peculato, nome dado ao uso de um cargo público para obter vantagem indevida. A
pena varia de 2 a 12 anos de prisão.
Fonte: G1
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