Quando não se precisa pagar para ser destaque


Estava eu tentando conseguir material para fazer postagem relativa ás empreitadas dos "sem noção" de plantão, que teimam em fazer ano após ano edições de entrega de prêmios para destaques ou supostos destaques dos setores econômicos, político e social. Isso por que, há anos que desconfio da seriedade de tais eventos. Seriam mesmo feitas as consultas populares para verificar a popularidade dos tais "agraciados"? A resposta, ao menos para uma das empresas promotoras dos eventos, é um estrondoso NÃO! Fontes seguras me afirmaram que os organizadores passam nos escritórios dos empresários oferecendo um produto: A indicação para "melhor do  ano", "destaque do ano", etc. com a promessa de muita badalação e marketing empresarial na entrega do prêmio. Isso custaria ao "agraciado" algo em torno de R$ 800,00 (valor de uma das promotoras). Que coisa, não? Na prática, você paga e é o melhor! A cara do Brasil.
Agora, eis aí um exemplo de empreendedorismo que foi inclusive matéria da revista Você S/A (conteúdo de internet) do mês de fevereiro deste ano. Isso conseguido e divulgado  genuinamente, fruto de  muito trabalho:
Eis a matéria, obtida por acaso no endereço

CÁSSIA ABRANTES

Diretora comercial da FELIZ(zzz,tem mais três z's) em Carpina (PE)
FUNCIONÁRIOS: 140
MUNICÍPIOS ATENDIDOS: 54
DESTAQUE: Sua distribuidora foi eleita a melhor do país em venda de refrigerantes

"Tenho facilidade de mudar de rumo quando vejo que o negócio tem potencial"

A DESBRAVADORA DA ZONA DA MATA PERNAMBUCANA
45 anos de idade, a contadora Cássia Abrantes leva a vida que pediu a Deus. Mora na praia de Boa Viagem, em Recife, com o marido Eduardo Abrantes, de 55. Caminha três vezes por semana, faz pilates e massagem e vive rodeada de amigos. Nada veio de graça.

Até chegar lá, deu duro para conquistar a confi ança dos comerciantes dos 54 municípios que são abastecidos pela sua revenda Feliz, localizada na cidade de Carpina, na Zona da Mata pernambucana, a 60 quilômetros da capital. "Quando viemos para cá, os comerciantes só dirigiam a palavra ao meu marido", lembra Cássia. Mal sabiam eles que 17 anos atrás ela havia largado uma carreira promissora na área bancária, em Belo Horizonte, sua cidade natal, a convite do marido, que a chamou para ajudá-lo a tocar a distribuidora que tinha na capital mineira.

Na época, ela era gerente- geral de uma agência do Unibanco. "Tenho facilidade de mudar de rumo quando vejo que um negócio tem potencial", diz Cássia. Decisão acertada, após dois anos, a distribuidora mineira ganhou o prêmio de terceira melhor revenda Brahma. Foi quando a Ambev a chamou para assumir uma distribuição maior, em Pernambuco. E ela não vacilou. "Disse ao Eduardo para irmos embora", conta.

De uma estrutura com 35 funcionários e sete caminhões em Belo Horizonte, passou a contar com 140 colaboradores e uma frota de 30 veículos no município de Carpina, na Zona da Mata pernambucana. Penou para contratar mão de obra e treinar a equipe. Para ter uma ideia, muitos motoristas da revenda vieram da colheita da canade- açúcar, com pouca ou nenhuma escolaridade.

Investiu pesado em treinamento, implantou programas de bônus e premiações e formou líderes para a operação. Encarou a pressão da Ambev por resultados com fi rmeza, repassando os desafi os a seus funcionários. "Pressão leva a gente a abrir os olhos para o que não está indo bem", diz Cássia. Agora, ela se sente em casa em solo pernambucano. Nesses anos, colecionou premiações. Uma delas veio em 2010, quando sua distribuidora foi eleita a melhor do país em venda de refrigerantes. Este ano, quer elevar o faturamento em 20%. "Quando não estou trabalhando, gosto é de tomar cerveja com os amigos."
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