Cambinda brasileira comemora quase cem anos de existência
É impossível falar sobre maracatu de baque solto sem tocar no nome do
O Maracatu Rural Cambinda Brasileira. Agremiação, fundada em 05 janeiro de
1918, é a mais antiga do Estado, em atividades/apresentações ininterruptas, e
seus atuais membros esforçam-se para manter costumes praticados na zona rural,
e são os responsáveis pela permanência do folguedo.
Composto por artistas anônimos, que são lendas na hierarquia do
folguedo, durante o passar de inúmeras décadas, como a exemplo, o caboclo Zé da
Rosa e Dona Joaninha, o maracatu Cambinda Brasileira parece não ter sofrido
muito a ação do tempo, guardando hábitos que se confundem com a própria
história da cultura popular.
Com o orgulho de ser o único maracatu de baque solto na atualidade de
ainda possui a Sede na zona rural, o grupo atravessa o milênio instalado, como
há muito, no engenho Cumbe, em Nazaré da Mata.
Em 2015, com mais diversos componentes, dentre caboclos-de-lança e
caboclos-de-pena, o grupo será guiado por uma das maiores revelações dos
últimos anos, o Mestre Anderson Miguel, o Neymar do maracatu, que demonstra,
ter a consciência da importância da sua função no folguedo.
As vésperas de desfilar por mais um ano, o Cambinda Brasileira
participará do Carnaval com uma ponta de tristeza em cada um dos seus
integrantes.
O nome do Cambinda Brasileira se confunde com várias visões de
estudiosos da cultura popular. De acordo com vários pesquisadores, cambinda
sempre foi um grupo de negros e assim eram chamados os primeiros maracatus. Mas
no terreiro do Engenho Cumbe, a história é bem outra. “Colocaram o nome no dia
5 de abril de 1918. Era um Domingo de Páscoa e a senhora do engenho veio
visitar os trabalhadores na hora do almoço. Ela perguntou: ‘O que vocês estão
comendo?’. Era cambinda, aquele peixe miúdo. Ela sugeriu: ‘Por que vocês não
colocam esse nome no maracatu?’ Todo mundo concordou na hora”.
Fonte: Site oficial da PMNM
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