Pessoas sentem-se menos bêbadas quando estão entre pessoas também bêbadas
Sentir-se
mais ou menos bêbado tem relação com o nível de embriaguez de quem está no
mesmo ambiente, e não com a real quantidade ingerida de álcool. Este é o
resultado de um estudo publicado na revista “BMC Public Health”, nesta
segunda-feira (12).
O estudo leva em consideração os momentos em que indivíduos bebem e estão
acompanhados. Pesquisadores da Cardiff University, no Reino Unido, descobriram que as percepções de cada
um quanto ao excesso de consumo de álcool, o próprio estado de embriaguez e a
noção das implicações à saúde a longo prazo estão relacionadas com a comparação
com os outros ao redor.
Pessoas que se sentem menos bêbadas estão cercadas por outras que estão
embriagadas. O inverso também funciona: sente-se mais em risco quando se está
ingerindo bebidas alcoólicas ao lado de pessoas sóbrias.
"Isso tem implicações muito importantes sobre como agir para reduzir o
consumo excessivo de álcool. Podemos trabalhar para diminuir o número de
pessoas muito bêbadas em um ambiente com bebidas alcoólicas, ou podemos
aumentar o número de pessoas sóbrias. A nossa teoria prevê que a última
abordagem teria maior impacto”, disse o professor Simon Moore, um dos autores
do estudo.
É a primeira vez que uma pesquisa examina a forma como as pessoas julgam a
própria embriaguez e as consequências para a saúde em
ambientes reais de consumo de bebidas.
Os pesquisadores testaram a quantidade ingerida por 1.862 pessoas selecionadas
a partir de diferentes grupos e com média de 27 anos. Os participantes da
pesquisa estavam em quatro diferentes locais que vendem bebidas alcoólicas. As
coletas foram feitas durante oito horas, em uma sexta-feira e sábado à
noite.
Uma parcela daqueles que participaram do teste respondeu às seguintes
perguntas: “Quão bêbado você está agora?”, “Qual o limite do seu estado de
bebida nesta noite?”, “Se você beber tanto quanto você bebeu nesta noite todas
as semanas, qual é a probabilidade de você prejudicar a sua saúde/ter uma
cirrose nos próximos 15 anos?”
Em média, as pessoas consideraram-se moderadamente bêbadas e moderadamente em
risco, mesmo quando seu nível alcóolico tinha ultrapassado os limites normais dos Estados
Unidos e do Reino Unido para dirigir.
Homens, no geral, tinham níveis mais altos de álcool no sangue que as
mulheres.
Fonte: G1
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