Após um mês de paralisação, bancários de Pernambuco votam pelo fim da greve
Após um mês de paralisação, o Sindicato dos Bancários de
Pernambuco votou pelo fim da greve em assembleia realizada na sede da entidade, na região central
do Recife, na noite desta quinta-feira (6). Funcionários da rede privadas
e dos bancos públicos do Nordeste (BNB) e do Brasil, decidiram pelo fim da
paralisação. Os funcionários da Caixa Econômica Federal (CEF) decidiram
continuar em greve, com placar de 100 votos a favor e 94 contra.
A paralisação foi iniciada no dia 6 de setembro e as
agências devem voltar a funcionar já nesta sexta-feira (7). Segundo a
presidente do Sindicato dos Bancários, Suzineide Rodrigues, os funcionários da Caixa Econômica voltam a
se reunir para avaliar a paralisação em assembleia marcara para as 17h da sexta-feira (7).
A categoria aceitou a terceira oferta apresentada Fenaban (Federação
Nacional do Bancos), que inclui reajuste de 8% em 2016 e abono de R$ 3.500. A
proposta também inclui aumento de 10% no vale refeição e no auxílio-creche-babá e de 15% no vale
alimentação. Os bancos também se comprometeram a garantir aumento real de 1% em
todos os salários e demais verbas.
Em audiência de conciliação, bancários e OAB chegam a
acordo
Os bancários de Caruaru, no Agreste do estado,
também realizaram assembleia nesta quinta-feira
(6), e decidiram aceitar a proposta, também encerrando a paralisação.
O acordo proposto pelos bancos tem validade de dois
anos. Para 2017, os salários serão reajustados pela inflação (INPC/IBGE), mais
1% de aumento real. Os bancários reivindicavam um aumento de 14,78%.
OAB x Sindicato dos Bancários
A greve em Pernambuco foi marcada por embates entre o Sindicato dos Bancários
de Pernambuco e a seccional pernambucana da Ordem dos Advogados do Brasil
(OAB-PE).Umaaudiência de conciliação na
terça-feira (4) resultou num acordo, na Justiça do Trabalho, para o
pagamento de alvarás.
Na última quinta-feira (29), a OAB-PE entrou com
uma ação judicial para solicitar a prisão da presidente do Sindicato dos
Bancários de Pernambuco, Suzineide Rodrigues. Na última
segunda-feira (3), a Justiça negou o pedido. A juíza Mariana de Carvalho Milet propôs, então, a
reunião de conciliação entre os bancários e os banqueiros.
Greve nacional mais longa
A greve completou 31 dias nesta quinta-feira (6) e supera a de 2004, primeiro
ano em que os bancários se uniram para negociar melhores condições para a
categoria e que tinha sido a mais longa até então com duração de 30 dias,
segundo a Confederação Nacional dos
Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT). A greve de 2015 durou 21 dias.
Negociações
Os bancários pediam a reposição da inflação do período mais 5% de aumento real
(totalizando 14,78% de reajuste), valorização do piso salarial - no valor do
salário mínimo calculado pelo Dieese(R$ 3.940,24 em junho) e PLR de três
salários mais R$ 8.317,90.
Antes do início da greve, no dia 29 de agosto, os bancos
propuseram reajuste de 6,5%. Novas propostas foram apresentadas nos dias 9 e 28
de setembro, de reajuste de 7%. Todas foram rejeitadas pelos bancários, que
decidiram manter a greve por tempo indeterminado.
Fonte G1
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