INSS afasta servidores que teriam facilitado a aposentadoria de Dilma
O Secretário executivo do
Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário (MDSA), Alberto Beltrame, determinou à
presidência do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), autarquia vinculada
à pasta, a abertura de sindicância e procedimento administrativo disciplinar
para apurar responsabilidades de servidores e outros eventuais envolvidos na
concessão de aposentadoria à ex-presidenta Dilma Rousseff, no começo de setembro, logo após o impeachment.
A medida é uma resposta à reportagem da revista Época que diz que "Dilma
furou a fila para se aposentar".
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Em nota divulgada neste sábado (1º), o ministério informou que os servidores
mencionados serão afastados dos cargos para que não possam interferir das
investigações e que solicitou o acompanhamento dos órgãos de controle para a
verificação dos fatos mencionados pela reportagem e também eventual ilegalidade
nas alterações cadastrais constatadas.
Além disso, dois funcionários em cargos de confiança citados pela revista serão
exonerados dos cargos. A saída deles, indicados no governo anterior, será
publicada no Diário Oficial da União da próxima terça-feira (4), de acordo com
o ministério.
A reportagem da Época diz que o benefício da ex-presidente foi concedido sem
passar pela "fila" nos sistemas da Previdência e que o cadastro de
Dilma Rousseff foi alterado 16
vezes em dez horas por uma servidora da diretoria do INSS, dentro da sede do
órgão. Além disso, segundo a revista, servidores citados na matéria garantiram
o atendimento do pedido de Dilma sem agendamento, por meio de uma mulher com
uma procuração da ex-presidenta que foi a uma agência do INSS em Brasília com o
ex-ministro da Previdência, Carlos Gabas.
Defesa
Em nota, a assessoria de Dilma informou que não houve qualquer tipo de
concessão ou tratamento privilegiado à ex-presidenta, que todas as alterações
feitas no cadastro tiveram como objetivo comprovar os vínculos empregatícios de
Dilma ao longo dos últimos 40 anos como funcionária pública e que auditoria do
INSS poderá constatar que não houve quaisquer irregularidades.
"A regra para aposentadoria exige no mínimo 85 pontos para ser concedida à
mulher, na soma da idade mais tempo de contribuição. Dilma Rousseff atingiu 108 pontos,
pelo fato de ter contribuído por 40 anos como servidora pública e chegado aos
68 anos de idade", diz a nota.
A assessoria informou também que, diante disso, Dilma Rousseff decidiu aposentar-se
e, por meio de procuração, recorreu a pessoa de sua confiança que foi a uma
agência do INSS acompanhada pelo ex-ministro Carlos Gabas. A íntegra da
nota está disponível no Blog do Alvorada, mantido pela equipe da ex-presidenta.
Fonte: G1
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