Homenagem ao Dia Internacional das Mulheres - Vídeos & fatos
O Dia
Internacional da Mulher é celebrado em 8 de março. A ideia de criar o Dia da
Mulher surgiu no final do Século XIX e início do século
XX nos Estados Unidos e na Europa, no contexto das lutas
femininas por melhores condições de vida e trabalho, de direito de
voto. Em 26 de agosto de 1910, durante a Segunda Conferência Internacional das
Mulheres Socialistas em Copenhaga, a líder socialista alemã Clara Zetkin propôs a
instituição de uma celebração anual das lutas por direitos das mulheres
trabalhadoras.
As celebrações do Dia Internacional da Mulher ocorreram a partir
de 1909 em diferentes dias de fevereiro e março, a depender do país. A primeira
celebração se deu em 28 de
fevereiro de 1909 nos Estados Unidos, seguida de
manifestações e marchas em outros países europeus nos anos seguintes,
usualmente durante a semana de comemorações da Comuna de Paris, ao final
de março. As manifestações uniam o movimento socialista, que lutavam por
igualdade de direitos econômicos, sociais e trabalhistas ao
movimento sufragista, que lutava por igualdade de direitos políticos. Em
1910, durante uma conferência internacional das mulheres, que antecedeu a
realização da reunião da Segunda Internacional Socialista
de Copenhague, Dinamarca, foi estabelecido o Dia Internacional da
Mulher, celebrado no ano seguinte no dia 19 de março por meio de numerosas manifestações
em países como Alemanha, Áustria-Hungria, Dinamarca e
Suíça.
Posteriormente, no início de 1917 na Rússia, ocorreram
manifestações de trabalhadoras russas por melhores condições de vida
e trabalho e contra a entrada da Rússia czarista na Primeira
Guerra Mundial. Os protestos foram brutalmente reprimidos, precipitando o
início da Revolução de 1917. A data da principal manifestação, 8
de março de 1917 (23 de fevereiro pelo calendário juliano), foi instituída
como Dia Internacional da Mulher entre o movimento internacional
socialista.
Após 1945, a data tornou-se principalmente um feriado comemorado nos
países do chamado bloco comunista. Em 1955, segundo as autoras francesas
Liliane Kandel e Françoise Picq, surgiu o mito de que a data teria como origem a
celebração da luta e da greve de mulheres trabalhadoras do setor têxtil em Nova
York em 1857 que haviam sido duramente reprimidas pela polícia ou mortas em um
incêndio criminoso na fábrica, segundo diferentes versões do mito. Não há
indícios de que isso tenha ocorrido e segundo as autoras, a origem desta versão
ocorreu entre feministas francesas que durante a Guerra Fria buscavam
uma origem à comemoração que estivesse desvinculada da história da luta
socialista.
Na antiga União Soviética, durante o stalinismo, o Dia Internacional
da Mulher tornou-se elemento de propaganda partidária. Também era
amplamente celebrado nos países do bloco socialista na Europa Ocidental.
Nos países ocidentais, o Dia Internacional da Mulher foi comemorado no início
do século, até a década de 1920, tendo sido esquecido por longo tempo e
somente recuperado pelo movimento feminista na década de 1960.
Na atualidade, a celebração do Dia Internacional da Mulher perdeu parcialmente
o seu sentido original, adquirindo um caráter festivo e comercial. Nessa data,
os empregadores, sem certamente pretender evocar o espírito das
operárias grevistas do 8 de março de 1917, costumam distribuir
rosas vermelhas ou pequenos mimos entre suas empregadas.
Em 1975, foi designado pela ONU como o Ano Internacional da
Mulher e, em dezembro de 1977, o Dia Internacional da Mulher foi adotado
pelas Nações Unidas, para lembrar as conquistas sociais, políticas e econômicas
das mulheres.
Origem
Hipátia foi
uma astrônoma romano-egípcia, coincidentemente assassinada no dia 8
de março de 415
A ideia de instituir o Dia
Internacional da Mulher surge na virada do século XX, no contexto
da Segunda Revolução Industrial e da Primeira Guerra Mundial,
quando ocorre a incorporação da mão-de-obra feminina, em massa, na
indústria.
O primeiro Dia Internacional da Mulher foi celebrado em 28 de
fevereiro de 1909 nos Estados Unidos, por iniciativa
do Partido Socialista da América, em memória do protesto das operárias da
indústria do vestuário de Nova York contra as más condições de
trabalho.
Em 1910, ocorreu a primeira conferência internacional de mulheres,
em Copenhaga, dirigida
pela Internacional Socialista, quando foi aprovada proposta da socialista
alemã Clara Zetkin, de instituição de
um Dia Internacional da Mulher, embora nenhuma data tivesse sido
especificada.
Membros da Women's International League for Peace and Freedom, em Washington,
D.C., 1922.
No ano seguinte, o Dia Internacional da Mulher foi celebrado
a 19 de março, por mais de um milhão de pessoas,
na Áustria, Dinamarca, Alemanha e Suíça. Poucos dias
depois, a 25 de março de 1911, um incêndio na fábrica da Triangle Shirtwaist mataria 146
trabalhadores - a maioria costureiras. O número elevado de mortes foi atribuído
às más condições de segurança do edifício. Este foi considerado como
o pior incêndio da história de Nova Iorque, até 11 de setembro de 2001.
Para Eva Blay, é provável que a
morte das trabalhadoras da Triangle se tenha incorporado
ao imaginário coletivo, de modo que esse episódio é com frequência desde a década de
1950 erroneamente considerado como a origem do Dia Internacional da
Mulher.
Em 1915, Alexandra Kollontai organizou uma reunião em Christiania (atual Oslo),
contra a guerra. Nesse mesmo ano, Clara Zetkin faz uma conferência sobre a
mulher.
Na Rússia, as comemorações do Dia Internacional da Mulher foram o estopim
da Revolução russa de 1917. Em 8 de março de 1917 (23 de
fevereiro pelo calendário juliano), a greve das operárias da indústria
têxtil contra a fome, contra o czar Nicolau II e contra a
participação do país na Primeira Guerra Mundial precipitou os acontecimentos
que resultaram na Revolução de Fevereiro. Leon Trotsky assim registrou o
evento: “Em 23 de fevereiro (8 de março no calendário
gregoriano) estavam planejadas ações revolucionárias. Pela manhã, a
despeito das diretivas, as operárias têxteis deixaram o trabalho de várias
fábricas e enviaram delegadas para solicitarem sustentação da greve. Todas
saíram às ruas e a greve foi de massas. Mas não imaginávamos que este ‘dia das
mulheres’ viria a inaugurar a revolução”.
Berlim Oriental, Unter den Linden, (1951). Retratos de
líderes da Internationalen Demokratischen Frauen-Föderation (IDFF), na 41ª
edição do Dia Internacional da Mulher.
Após a Revolução de Outubro,
a feminista bolchevique Alexandra Kollontai persuadiu Lenin para torná-lo um dia oficial que, durante o
período soviético, permaneceu como celebração da "heroica mulher
trabalhadora". No entanto, o feriado rapidamente perderia a vertente
política e tornar-se-ia uma ocasião em que os homens manifestavam simpatia ou
amor pelas mulheres - uma mistura das festas ocidentais do Dia
das Mães e do Dia dos Namorados, com ofertas de prendas e
flores, pelos homens às mulheres. O dia permanece como feriado oficial
na Rússia, bem como na Bielorrússia, Macedónia, Moldávia e Ucrânia.
Protesto do grupo feminista FEMEN no Dia Internacional da
Mulher.
Na Tchecoslováquia, quando o país integrava o Bloco
Soviético (1948 - 1989), a celebração era apoiada pelo Partido
Comunista. O MDŽ (Mezinárodní den žen, "Dia
Internacional da Mulher" em checo) era então usado como instrumento
de propaganda do partido, visando convencer as mulheres de que
considerava as necessidades femininas ao formular políticas sociais. A
celebração ritualística do partido no Dia Internacional da Mulher tornou-se
estereotipada. A cada dia 8 de março, as mulheres ganhavam uma flor ou um
presente do chefe. A data foi gradualmente ganhando um caráter
de paródia e acabou sendo ridicularizada até mesmo no cinema e na
televisão. Assim, o propósito original da celebração perdeu-se completamente.
Após o colapso da União Soviética, o MDŽ foi rapidamente abandonado como mais
um símbolo do antigo regime.
No Ocidente, o Dia Internacional da Mulher foi comemorado durante as décadas
de 1910 e 1920. Posteriormente, a data caiu no esquecimento e só
foi recuperada pelo movimento feminista, já na década de 1960, sendo,
afinal, adotado pelas Nações Unidas, em 1977. A data mantém hoje relevância
internacional, e a própria ONU continuava a dinamizá-la, como sucedeu em 2008,
com o lançamento de uma campanha, “As Mulheres Fazem a Notícia”, destinada a
chamar a atenção para a igualdade de gênero no tratamento de notícias na
comunicação social mundial.
Fonte: Wikipedia
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