Cresce o número de insatisfeitos com Programa de Moradia do Governo
A cada dia aumenta o número de pessoas insatisfeitas com as residências entregues com o incentivo do Programa Minha Casa Minha Dívida Vida, do Governo Federal. Em todo o Brasil, moradias são feitas sem a menor atenção às normas técnicas vigentes e, enquanto milhões de famílias vêem o sonho da casa própria rachar, desabar e desnivelar-se junto às construções, a farra de construtores inescrupulosos continua. Para piorar ainda mais a situação, quando os imóveis começam a apresentar defeito, às vezes no mês seguinte à entrega da casa, começa então o jogo de empurra-empurra do "quem vai pagar a conta". As construtoras alegam que suas responsabilidades terminam quando a entrega do imóvel ocorre; A Caixa Econômica Federal, que fiscaliza os subsídios e viabiliza o financiamento, afirma que não tem nada a ver com o problema. E quem sofrem são os compradores. Não estaria na hora de alguém assumir a responsabilidade? O poder judiciário tem dado ganho de causa aos moradores, contra as construtoras. Mas como prevenir é melhor do que remediar, se faz necessário que a Caixa assuma o seu papel de fiscalizar e adote critérios mais rigorosos junto aos empresários do setor. Em Carpina-PE, por exemplo, há casas sendo construídas em áreas de várzea, com direito a aterros feitos às pressas, nos locais mais úmidos possíveis. Reclamações deflagram infiltrações, rachaduras e a falta de critérios na oferta de áreas sem a mínima expectativa de serviços públicos básicos para os novos "donos da casa própria". Está na hora de moralizar. Está na hora de respeitar o cidadão, muitas vezes de origem simples que, após levantar dinheiro para entrada no financiamento, dinheiro para análise de crédito (de legalidade duvidosa), esgotar o saldo do FGTS e assumir prestações que comprometem boa parte de sua renda por mais de 20 anos, ainda se vêem em um aperto daqueles, por causa de construtoras frajutas, banco irresponsável, políticos desumanos.
Denilson Douglas
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