Líderes político-partidários & cristãos- católicos-protestantes
O número de candidatos que usam o título de pastor no nome de urna
passou de 185 nas eleições de 2010 para 272 neste ano, o que representa uma
alta de 47%, segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Neste ano, o grupo de concorrentes inclui um candidato à Presidência
da República - o Pastor Everaldo, do PSC. Há ainda 15 padres, 24 bispos, 2
freis e 105 candidatos que usam os termos “irmão” e “irmã” antes de seus nomes.
Entre os pastores, a maioria está concorrendo a cargos públicos em São
Paulo (36 candidatos), Rio de Janeiro (35) e Minas Gerais (25). Não há
candidatos concorrendo ao cargo de governador, e apenas um tenta se eleger como
senador - o Pastor Jorvan, do PRP, pelo Amapá. A maior parte (166) pretende ser
deputado estadual.
Eu, Denilson Douglas penso que, há limites na fé, que a política moderna não suporta e a recíproca sempre é verdadeira, nesses casos. Ao meu ver, para um líder político-religioso, fica difícil realizar um bom mandato tendo preferências ideológicas que, fatalmente não são unânimes entre as pessoas, cidadãos dos bairros, cidades, estados que os mesmos representam. Também não acho sensato para um líder que "conduz" uma população que se julga vislumbrante de um mundo superior, de uma ideologia sublime e de uma vida além desta vida envolver-se em um Governo que nunca refletiu os desígnios de Deus. O Estado é Laico - deve ser neutro sobre as questões religiosas. O grande problema é que seus componentes, ao menos em duas esferas - Poder Legislativo e Poder Executivo, muitas vezes não estão preparados para tal neutralidade. Ao contrário disso, líderes político-religiosos compõem bancadas, dividindo em subgrupos uma representatividade que deveria ser genérica. Se me perguntarem se eu acho correto o envolvimento do líder cristão-protestante na vida político-partidária, eu deixo a resposta com a Bíblia Sagrada, o livro tido pelos líderes religiosos cristãos como única regra básica de fé e comportamentos:
"Sabemos que somos de Deus, e que o mundo inteiro jaz no Maligno." João 5:19
"Respondeu Jesus: O meu reino não é deste mundo; se o meu reino fosse deste mundo, pelejariam os meus servos, para que eu não fosse entregue aos judeus; entretanto o meu reino não é daqui." João 18:36
Se os líderes cristãos devem seguir o exemplo de Jesus, se o Reino de Deus deve ser o alvo e considerando o exposto acima, então, não deveriam, por exemplo, os líderes religiosos cristãos estarem isentos de qualquer envolvimento político-partidário?
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