Natal e consumismo

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Nesse período de festas, cabe sempre um espaço para a reflexão naquilo que julgamos importante para nossas vidas...Por exemplo: Comidas tradicionais, roupas novas, etc. Será que são assim tão importantes? Ninguém tem culpa por ter uma mesa farta e roupas novas para vestir. Mas a questão maior é entendermos que sempre existirá alguém mais pobre do que a gente, necessitando daquilo que para nós é abundante. - Você, de repente, pode estar imaginando: "Lá vem mais um sermão do Denilson, dessa vez malhando o dar sem olhar a quem..." Minha resposta seria: Não! Quero apenas ser e desejar que todos nós sejamos cada vez mais gratos. Se você tem bom coração para doar alguma coisa, que seja! Mas além de tudo isso, sejamos todos gratos. Gratos a Deus, gratos a nós mesmos, a nosso trabalho, enfim: Gratos a todos os personagens e situações que nos proprocionam a oportunidade de termos algo para nos alimentar, um teto para morar, uma roupa (mesmo não sendo da última tendência) para vestir. A gratidão não é rival da "boa" ambição, como muitos possam julgar. Pelo contrário. É ela quem nos dá forças para seguirmos em frente, rumo aos nossos novos objetivos, crentes de que, com muita luta e esforço, chegaremos lá. Pois o que já temos de bom até agora, testifica no sentido de que somos e seremos capazes de muito mais. Enquanto não vem o momento de triunfar, aceitemos um pouco a realidade que se apresenta e desfrutemos da arte da contemplação de valores, ensinamentos e experiências ocultas, inclusive no sofrimento temporário.

Vou dar um exemplo de como podemos rir de nossas próprias dificuldades, numna história comum e banal:

- Há muitos anos atrás, quando eu era pequeno, meu saudoso pai, num período como esse, estava desempregado. Ao chegar o momento em que as famílias vestem seus pequenos com roupas novas para a comemoração que se segue, não tínhamos, eu e meus irmãos roupas para "exibir" aos coleguinhas da rua. Decidimos então ficar em casa todos juntos. Pouco antes da refeição noturna, meu pai, em tom de bronca, se dirigiu a nós dizendo:

" - Meninos, vão por as suas roupas "de festa"!
Que roupa de festa, papai?-Perguntei ao velho, que riu como se brincasse com aquela situação.
 - Ora a roupa de festa, aquela mais nova que vocês tiverem! Fiquei um pouco chateado pois sabia que não tínhamos roupa nova. De repente, meu pai entra no quarto e retorna vestindo uma bermuda velha, meio desfiada que ele usava para dormir (não era a mais nova dele) e uma camisa de time de futebol. Olhou para nós e em tom de sinismo disse:

"Vejam, meninos: Essa é a minha roupa de festa!" E vocês, vestirão ou não as suas?"

Não esqueço nunca daquela cena. Rimos todos e nos divertimos bastante naquele fim de ano em que a roupa de festa não existia mas houve entre todos nós um sentimento de gratidão por tudo que ainda tínhamos... Até pela coxa de peru que meu pai trouxe do vizinho para nós!

Ah... Meu pai! Que saudade!


Falei!!! 

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