90 % dos municípios Pernambucanos sofrem com o crack, diz pesquisa
Em Pernambuco, 90% dos municípios convivem com o
consumo do crack — é o que aponta o Observatório do Crack, um estudo feito pela
Confederação Nacional dos Municípios (CNM). Dentre as cidades que enfrentam as
taxas mais altas de consumo da droga, estão lugares como Jaboatão dos
Guararapes, Cabo de Santo Agostinho e Ipojuca, no Grande Recife.
Dentre as cidades que apresentam níveis
preocupantes na questão das drogas também estão Vitória de Santo Antão e
Ribeirão, na Zona da Mata, Pesqueira e Lajedo, no Agreste, e Serra Talhada,
Ouricuri e Petrolândia, no Sertão do estado. No entanto, o levantamento, que
foi feito a partir de dados fornecidos pelas prefeituras das cidades, não
apresenta um panorama completo, uma vez que algumas gestões não enviaram os
dados para a pesquisa – como o Recife, por exemplo.
O Observatório do Crack é um estudo realizado pela
CNM anualmente, desde 2010. A instituição considera 5.568 municípios — no
entanto, nem todos respondem à pesquisa. O levantamento é realizado a partir de
um questionário online, respondido pela gestão de cada cidade, com dados
descritivos. Tendo como ponto de partida questões sobre a problemática do crack
e a rede de atenção existente em cada município, os gestores definem se o nível
dos problemas causados pela circulação do crack é alto, médio ou baixo.
De acordo com a assistente social e consultora do
Observatório da CNM, Rosângela Ribeiro, o estudo, que abrange todo o país,
também aponta boas práticas. “Existem experiências de sucesso, como municípios
na Paraíba transformaram cenas de uso [cracolândias] em unidades de
acolhimento, aproveitaram aqueles espaços para revitalizar e trazer a
comunidade para participar, e isso é uma
forma de prevenir, de envolver a sociedade no tratamento, na reinserção
social”, comenta.
Ribeiro afirma ainda que, como a maioria dos
municípios em situação crítica são de pequeno porte, a sugestão da CNM é
investir nas ações de prevenção, com palestras, por exemplo. Ela também lembra
que as ações de prevenção devem ser conjuntas entre vários setores. “A gente
precisa de uma rede estruturada e integrada, o que significa ofertar tanto
tratamento ambulatorial quanto internação, ações integradas em saúde, educação,
assistência social e, principalmente, segurança pública”, completa.
Do G1
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