Repercussão da morte oe "Zé Bonitinho " nas redes sociais
Na manhã desta
quinta-feira, 26, o humor perdeu um de seus grandes mestres. Jorge Loredo, que
interpretava Zé Bonitinho, morreu de falência de múltipla dos órgãos no
Hospital São Lucas, em Copacabana, na Zona Sul do Rio de Janeiro. Com seu pente
enorme, sempre ajeitando a cabeleira, os óculos escuros e o terno sempre na
estica, Zé Bonitinho ficou conhecido como o perigote das mulheres, o rei arte
da sedução.
O galã irresistível, malandro e sedutor nasceu
no final da década de 50 inspirado em um amigo de Loredo e estreou na televisão
em 1960 no programa 'Noites cariocas', exibido pela extinta TV Rio, com os
primeiros textos roteirizados por Chico Anysio. Em 2010, o personagem completou
50 anos e continuava na TV, no humorístico 'A praça é nossa', do SBT/Alterosa.
Zé Bonitinho eternizou bordões, que repetia com a voz de um conquistador:
''Câmera, close; microfone, please'', ''Garotas do meu Brasil varonil: vou dar
a vocês um tostão da minha voz!'', ou ''Eu não sou chuveiro, mas deixo as
mulheres molhadas''.
Zé Bonitinho também esteve nas telonas. Nos
anos 70, foi inspiração para o diretor Rogério Sganzerla em duas ocasiões.
Primeiro no filme-grito 'Sem essa, Aranha', de 1970, em que o personagem é um
malandro. E em 'Abismu', de 1977, onde empresta seu personagem e descontrói seu
discurso e seu humor diante de um olhar confidente.
Em 2011 Loredo dividiu
cena com Selton Mello no filme 'O Palhaço', em que interpretava um gerente de
loja de eletrodomésticos que ajuda o personagem de Selton a redescobrir a fé na
profissão.
Em 'A praça é nossa',
com Manoel de Nóbrega, Loredo se apresentava como um mendigo que ficou célebre
com o bordão 'Como vai, meu colega?'. O personagem usava fraque e cartola, bem
esfarrapados, monóculo e luvas. Criou
outros tipos: um italiano que não podia ver televisão porque queria quebrá-la;
o profeta Saravabatana, que andava com uma cobra que dava consultas a mulheres;
e o professor de português que tinha a voz do Ary Barroso.
Repercussão
Famosos e amigos
lamentaram a morte de Jorge Loredo. Susanna Lira, diretora do filme 'Câmera,
close!'', cinebiografia do ator exibida no canal GNT, em 2005, publicou uma
homenagem em seu Facebook. "Nunca vou esquecer de sua delicadeza e de sua
generosidade. Amava profundamente sua arte e fazia dela o sentido de sua
vida", disse a cineasta.
Carlos Alberto de
Nóbrega exaltou o colega de trabalho em um comunicado à imprensa. "Para
mim, Jorge Loredo foi um colega de trabalho exemplar, pois mesmo doente, ele
chegava ao SBT, ia até o ambulatório para receber oxigênio e, assim que podia,
fazia sua gravação. Retornava ao ambulatório para mais uma sessão de oxigênio e
em seguida voltava ao Rio de Janeiro onde residia. Respeitávamos essa atitude
porque essa era a vontade dele. Loredo irá nos fazer muito falta."
Confira este vídeo, uma homenagem ao eterno Zé Bonitinho:
Fonte: uai.com.br
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