Mãe quer Justiça após enterrar o filho duas vezes: 'Estou revoltada'

Mãe de jovem morto atropelado por trem quer Justiça (Foto: Rodrigo Martins/ G1)


O jovem Carlos Yugor de Souza Almeida, de 20 anos, morreu no último dia 26, após ser atropelado um dia antes por um trem, no bairro Vila Natal, em Cubatão (SP). Mas, além das circunstâncias trágicas do falecimento de Carlos, dois acontecimentos trouxeram ainda mais dor para a técnica em meio ambiente Lucielma de Souza Gomes, de 38 anos. Isso porque o corpo do seu filho foi enterrado sem partes que acabaram sendo separadas por conta do acidente com o trem e 'esquecidas' pelo hospital. O Boletim de Ocorrência da morte do jovem também causou impacto na família.
Lucielma destaca que a surpresa só não foi maior do que a revolta com o episódio. “Ele havia precisado amputar do joelho para baixo, mas a justificativa para não terem enviado os membros inferiores não me convence. Eles alegaram que não contavam que ele iria a óbito. Como assim? O médico mesmo já havia dito que seria difícil ele resistir até de manhã. Disseram também que ele foi para a biópsia, mas eu não acredito”, afirma.
Segundo a polícia, o jovem teria se suicidado, hipótese completamente descartada pela mãe.“O primeiro BO, que foi feito na época da internação, estava correto. Tenho testemunhas que me falaram que ele não conseguiu atravessar a linha do trem antes. O meu filho, mesmo bastante debilitado, disse que não tinha dado tempo. O chinelo dele ficou para trás, ele caiu e quando tentou levantar, só conseguiu tentar defender o rosto. Só que depois que ele morreu, o delegado com quem eu fui conversar, para prestar o BO contra o hospital, me perguntou se era sobre o caso do menino que se suicidou. O meu filho não se matou. Disseram que ele tomava remédios, mas ele nunca precisou disso, sempre foi muito saudável. Não vou permitir que digam que o meu filho se matou. Isso não aconteceu”, critica.
Com essa versão apresentada pela polícia, a indignação de Lucielma cresceu. Ela garante que não irá desistir de reparar a história, para que a memória de seu filho seja preservada. 

O G1 tentou entrar em contato com o Hospital Modelo para falar sobre o caso mas, até o fechamento da reportagem, não houve retorno.

Fonte: G1.

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