Relator pede condenação de Sílvio Costa Filho mas julgamento é adiado
Relator do processo do deputado estadual Sílvio Costa Filho (PTB), o
desembargador Alexandre Assunção pediu a condenação do parlamentar pelo
possível envolvimento no caso das notas frias enquanto o petebista ainda era
vereador. O magistrado fixou a pena de quatro anos e e seis meses pelo crime de
peculato, além do pagamento de 30 dias-multa, que é calculado com base no
salário mínimo e deverá sofrer correções, já que o caso é referente ao ano de
2006. O julgamento, no entanto, foi adiado porque o desembargador Bartolomeu
Bueno pediu vistas.
A sessão, que durou mais de quatro horas, foi interrompida porque o
revisor do processo, desembargador José Fernandes de Lemos, discordou do relator e
disse que não há provas que comprovem que Sílvio Costa Filho tentou desviar
dinheiro público. Alexandre Assunção, por sua vez, afirmou que o advogado do
deputado, Ademar Rigueira, induziu José Fernandes de Lemos ao erro, o que
causou um princípio de tumulto entre os magistrados.
Mesmo com o adiamento, metade da Corte especial adiantou o voto,
conforme permite o regimento interno do Tribunal de Justiça de Pernambuco. Os
desembargadores Jorge Américo e Luiz Carlos Figueiredo acompanharam o relator e
pediram o condenação do deputado. Já os magistrados Agenor Ferreira, Fausto
Campos, Marcos Maggi e Jovaldo Nunes alegaram que não há provas suficientes que
comprovem a participação de Sílvio Costa Filho e seguiram o parecer do
desembargador José Fernandes de Lemos.
Fonte: JC On Line
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