Mendonça Filho discute em sessão do parlamento federal
Fonte: G1 |
Na abertura da sessão desta quarta (26), o líder do DEM na Câmara, Mendonça
Filho (PE) discutiu e trocou gritos com o presidente Renan Calheiros na mesa do
plenário.
“Eu fui dizer a ele que ninguém me cala neste Parlamento. Quem me
colocou aqui não foi ele não, foi o povo de Pernambuco”, disse Mendonça em
entrevista a jornalistas, logo após deixar a mesa. “Existe um quarto regimento
nessa Casa, que se sobrepõe aos três outros regimentos (da Câmara, do Senado e
do Congresso), que é o regimento Renan Calheiros. Ele adapta à sua
conveniência, ao seu tempo, de acordo com o que ele acha que deve ser feito”,
criticou o deputado.
Acalmados os ânimos, Renan Calheiros, pediu “desculpas” pelos
“excessos”. “Peço até desculpas pelos excessos, evidente, acho que todos temos
que pedir desculpas, mas levemos adiante essa questão e realizemos essa
sessão”, afirmou.
Os protestos da oposição, que é contrária ao projeto, começaram quando
o senador Romero Jucá (PMDB-RO), no exercício momentâneo da Presidência do
Congresso, abriu a sessão mantendo o quórum (número de deputados e senadores)
registrado no fim da reunião da noite da terça-feira (25).
Quando assumiu a presidência dos trabalhos, Renan Calheiros atendeu à
demanda dos oposicionistas e passou a considerar somente as presenças
registradas na sessão da tarde da quarta. Ele decidiu, porém, aguardar 30 minutos pela
chegada dos parlamentares, já que não havia quórum suficiente para abertura da
sessão – 85 deputados e 14 senadores. Neste momento, estavam registrados 30
deputados e 10 senadores em plenário.
A oposição, então, sobretudo Mendonça, o líder do PSDB, Antonio
Imbassahy (BA), e o líder do PPS, Rubens Bueno (PR) protestaram porque os 30
minutos, de acordo com o regimento, deveriam ter sido contados a partir das
12h00 e não das 12h30, como pretendia Renan.
Após o encerramento da sessão, Mendonça Filho disse a jornalistas estar
“indignado” e que a oposição pretende continuar em obstrução na próxima sessão
do Congresso. “Nós vamos continuar em obstrução porque o processo está viciado
desde o início”, disse. “A gente não pode, de forma alguma, apoiar ou respaldar
um processo que tem vício de origem.”
Fonte: G1.com
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