Justiça condena Telex Free por pirâmide financeira
O Tribunal de Justiça do Acre (TJAC) considerou ontem a empresa Ympactus, que representa
a Telexfree no Brasil,
culpada de praticar pirâmide financeira.
A juíza Thaís Khalil, titular da 2ª Vara da Comarca de Rio Branco, condenou a
empresa a pagar R$ 3 milhões de indenização por danos morais coletivos, além de
devolver o dinheiro investido pelos chamados divulgadores.
A empresa também foi
dissolvida, segundo informações do Ministério Público do Estado do Acre (MPAC),
que há anos investiga a Telexfree.
O Ministério Público do Acre estima que, no país inteiro, mais de dois milhões
de pessoas tenham investido suas economias na empresa. Somente no Acre, cerca
40 mil pessoas aderiram ao negócio, segundo o MP.
A Telexfree começou a atuar no
país em março de 2012, vendendo planos de minutos de telefonia pela internet (VoIP), serviço semelhante
ao Skype.
Foi proibida de operar no final de junho de 2013 a pedido do Ministério Público
do Acre e, depois, foi formalmente acusada também nos EUA.
De acordo com a promotora de Justiça de Defesa do Consumidor, Alessandra
Marques, o Caso Telexfree serve a dois
fins.
“Agora que temos a sentença que dissolveu a empresa e anulou seus negócios
ilícitos, abrimos um precedente para os casos futuros, o que interessa a todos
que lidam com o Direito; e serve também para as pessoas, como lembrança, para
que não joguem dinheiro fora nunca mais”, alerta.
O Ministério Público do Acre foi o primeiro a ajuizar ação contra a Telexfree no Brasil. Os
primeiros meses de atividade da empresa foram suficientes para o MPAC, por meio
da Promotoria de Justiça Especializada de Defesa do Consumidor, suspeitar da
fraude.
A intenção dos promotores de justiça que atuaram ao longo dos anos no caso foi
evitar que os consumidores tivessem maior prejuízo no negócio, informou o MP em
comunicado.
Fonte: Exame.com
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