O plano que visa salvar o Mc Donald's
O McDonald’s tem um
novo plano para tentar recuperar as vendas e a confiança do consumidor.
Baseadas no crescimento de franquias, as medidas foram anunciadas pelo
presidente Steve Easterbrook, logo após a divulgação de resultados.
A missão de Easterbrooks
é renovar a rede de 60 anos, que tem perdido consumidores e receitas. “Hoje,
anunciamos os passos iniciais para redefinir e transformar o nosso negócio”,
disse ele.
O caminho não será
fácil. Consumidores mais jovens estão deixando a rede por opções mais saudáveis
e ambientes mais agradáveis.
Além disso, um
escândalo envolvendo o fornecimento de carne da China abalou as vendas no
continente asiático, o que causou uma perda de 15% nas receitas no ano passado.
“Temos nossas
prioridades divididas em três – impulsionar o crescimento operacional, devolver
emoção para nossa marca e desbloquear valor financeiro”, afirmou o presidente.
Franquias
Para o CEO, o “espírito
empreendedor dos franqueados é o nosso combustível”. A empresa pretende
aumentar a fatia de franquias de 81% para 90%. Para isso, irá franquear mais de
3.500 restaurantes próprios até 2018.
De acordo com a
companhia, essa mudança pode economizar cerca de 300 milhões de dólares
anualmente até 2017. Assim, ela pretende retornar entre 8 e 9 bilhões de
dólares aos acionistas em 2015.
Estrutura
As mais de 36.000 lojas
pelo mundo foram reorganizadas em 4 novos mercados, cada uma com um foco
diferente de crescimento.
Estados Unidos, o maior
segmento da companhia e responsável por mais de 40% do faturamento; mercados
internacionais líderes e bem estabelecidos, que também são responsáveis por 40%
das receitas; mercados de crescimento acelerado; e os mercados básicos, 100
países restantes em que a rede opera.
O foco de crescimento
está nas mãos dos mercados de alto crescimento, que englobam a China, Itália,
Polônia, Espanha, Rússia, Coreia do Sul, Suíça e Holanda.
Eles são responsáveis
por 10% das receitas, mas têm potencial maior de crescimento. Metade das
aberturas de restaurantes em 2015 será nesses 8 países.
Burocracia
A nova estrutura
organizacional irá eliminar burocracias e camadas de hierarquia. No vídeo, o
presidente confessa que “nossa performance tem sido ruim. Os números não
mentem”.
“Nossa estrutura
existente é ineficiente e carece de uma prestação de contas mais clara”, disse
o presidente. “Precisamos executar menos coisas, de maneira melhor”.
Para ele, as tomadas de
decisão são muito lentas. Por isso, a missão dele é simplificar a hierarquia,
para agilizar as mudanças.
Delivery
A cidade de Nova York
contará com delivery dos hambúrgueres da rede, por intermédio de uma parceria
com a Postmates. A partir de hoje, 88 lojas testarão o sistema, que inclui todo
o menu com exceção dos sorvetes.
A rede também
continuará testando o café da manhã durante todo o dia.
Centros digitais
A empresa fincou um pé
no Vale do Silício, mas não para produzi hambúrgueres. Além de analisar dados e
tendências, o novo centro digital também será responsável por criar novos
produtos e serviços, como entretenimento, pagamentos digitais e ebooks
entregues com o McLanche Feliz. O centro, que começou com apenas dois
funcionários, deve ter 250 até o fim do ano.
Além disso, o
presidente afirmou que deve abrir centros digitais pelo mundo, para analisar
dados e entender o que os Millenials querem.
Comida
Outra prioridade é
melhorar a qualidade dos alimentos. Desde que assumiu em março, Easterbrook já
fez diversas mudanças no cardápio.
A rede eliminou sete
hambúrgueres do menu, para acelerar o serviço. O menu, grande demais, era uma
reclamação antiga dos franqueados.
Como o número de opções
cresceu 42% nos últimos sete anos, o atendimento ficou bem mais demorado. Hoje,
demora 3 minutos e 9 segundos para um consumidor receber seu pedido, recorde de
espera em 15 anos.
Além disso, a empresa
gradualmente deixará de usar frangos que receberam antibiótico humano. A
transição completa demorará dois anos.
Funcionários
Seguindo uma tendência
de valorização dos empregados, que começou com o Walmart, o McDonald’s planeja
aumentar os salários em mais de 10% para os trabalhadores dos Estados Unidos.
Serão afetados 1.500
restaurantes próprios e quase 9.000 trabalhadores. No entanto, o aumento não
será expandido para as suas franquias. A partir de julho, a rede de fast food
irá aumentar o salário mínimo por hora em US$ 1.
Fonte: Exame.com
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