Seguro-desemprego: Novas regras AINDA á vista
Após mais cinco horas de discussão, com direito a
bate-boca e sessão suspensa, o plenário da Câmara aprovou na noite desta
quarta-feira (6) a votação do texto-base da Medida Provisória nº 665, que
restringe a concessão do seguro-desemprego e altera regras do abono salarial.
Desde a terça-feira (5), o governo Dilma Rousseff
escalou ministros e pediu apoio ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ao
presidente do PT, Rui Falcão, para assegurar o apoio dos deputados petistas e
peemedebistas, representantes dos dois maiores partidos da base.
Ambos resistiam a apoiar publicamente a proposta
tida como impopular. O texto passou por 252 votos a favor, 227 contra e uma
abstenção.
Na quinta-feira (7), a Câmara deve concluir a
votação da medida provisória, com a análise de cinco outros destaques e de duas
emendas aglutinativas. Os destaques e emendas podem alterar o teor do parecer
do senador Paulo Rocha (PT-PA) aprovado pela comissão mista da MP.
Entre as principais mudanças, o governo havia
proposto originalmente ao Congresso um tempo mínimo de um ano e meio de
trabalho para que o desempregado faça o primeiro pedido de benefício.
O plenário da Câmara manteve a redução do prazo para
um ano. Antes da nova regra, que já vale desde março, a carência era de seis
meses.
No caso do abono salarial, os parlamentares
aprovaram a decisão de Paulo Rocha de também reduzir a exigência do tempo
trabalhado para ter acesso ao benefício. Antes da MP, era preciso trabalhar 30
dias para receber o abono. Com a medida, o governo aumentou esse prazo para
seis meses.
O relatório aprovado cortou esse tempo pela metade,
passando a exigir 3 meses de trabalho.
Fonte: R7.
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