Carrefour e Grupo Pão de Açúcar - Uma salada de gostos duvidosos.

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"São Paulo – Resultante da fusão entre a rede francesa de supermercados Carrefour e o Grupo Pão de Açúcar, anunciada na terça-feira (28), a possibilidade da criação de um "gigante" do varejo já deixa trabalhadores e sindicatos em alerta. As condições de trabalho e perda de empregos são os principais alvos de preocupação.
A Confederação Nacional dos Trabalhadores no Comércio e Serviço (Contracs, filiada à CUT) afirmou que, caso a fusão se concretize, irá se reunir com as empresas "para evitar danos aos trabalhadores de ambas as empresas", como observou a dirigente Josinete Fonseca. Mesmo admitindo que fusões como essa "sempre resultam na perda de empregos", ela diz que "com o avanço das negociações, diversos temas terão de ser debatidos com as empresas, como uma média salarial justa para os funcionários e boas condições de trabalho, num ambiente sem pressões absurdas por metas e desempenho".
Por sua vez, Ricardo Patah, presidente da União Geral dos Trabalhadores (UGT) e do Sindicato dos Comerciários de São Paulo, que representa os funcionários das duas redes, garantiu em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo que a preocupação maior é com o trabalhador. "Como as duas empresas têm sede em São Paulo, há cargos administrativos que devem se sobrepor. Queremos a manutenção de empregos, como ocorreu na fusão de Pão de Açúcar com as Casas Bahia e o Ponto Frio", disse.

Gigante

A empresa que surgiria a partir da operação deteria uma fatia de 32% do mercado. Em nota, a Força Sindical atentou para um eventual monopólio no setor. "A fusão pode ser o início de uma concentração predatória, que poderá gerar monopólio no setor varejista". A entidade defende que a "concentração não pode ditar regras no mercado, com impacto negativo para os consumidores, como a administração de preços".
Para a fusão ocorrer, contudo, é esperada uma oferta de crédito do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o que causou descontentamento da CUT (Central Única dos Trabalhadores).
Em nota, o presidente da central, Artur Henrique, afirmou "que não é papel do BNDES patrocinar negócios bilionários, como o que vem sendo discutido entre os grupos varejistas Pão de Açúcar e Carrefour". Em seguida, o dirigente questiona "qual benefício o meganegócio traria para a sociedade".
O Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) afirmou à Rede Brasil Atual ainda não ter conhecimento formal do negócio citado.  Por isso, o órgão prefere não realizar análises sobre a possível transação entre os grupos.
O Conselho fiscaliza, previne e pune abusos do poder econômico. A preocupação é justamente com a diminuição da concorrência, pois quando o grau de concentração do setor aumenta diminui-se a competição, o que pode elevar os preços ao consumidor".


Meu ponto de vista: Acredito ser essa mais uma jogada de mercado que interessa tão somente aos detentores do poder econômico. Sem discurso socialista e com um olhar voltado ao passado, vêmos que, na maioria das vezes, sempre que acontecem transações como essas, há prejuízo ao direito do consumidor "pechinchar" melhores preços, demissões em massa que dispendem aflições sem precendentes e mais, não acho justo o BNDES entrar nesse páreo, em que pese o seu caráter de banco estatal e o oneroso e ousado custo de tal transação.


Falei!!!!

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