Nelson Ned morrre aos 66 anos em São Paulo.
Nelson no programa do Ratinho (SBT) |
O cantor Nelson Ned, de 66 anos, morreu na manhã deste domingo (5) no Hospital
Regional de Cotia, em São Paulo. Ele estava internado desde sábado com
pneumonia. A informação foi confirmada às 12h pela assessoria de imprensa da
Secretaria Estadual de Saúde. A pasta informou que ele morreu em decorrência de
"complicações clínicas". O horário do óbito não foi informado.
Natural de Ubá, Minas Gerais, Nelson Ned fez fama como cantor de
músicas românticas nos anos 60, quando já vivia no Rio de Janeiro. "Tudo
passará" foi um de seus grandes sucessos.
Em 2003, o cantor sofreu um acidente vascular cerebral. Ele vivia em
São Paulo, sob a guarda e cuidados de Neuma, uma de suas irmãs.
Carreira
Primogênito dos 7 filhos de Nelson de Moura Pinto e Ned d´Ávila Pinto,
ele saiu de Ubá (MG) para tentar a vida no Rio de Janeiro aos 17 anos. Começou
bem distante dos palcos, trabalhando em uma linha de montagem de uma fábrica de
chocolates. Cantou em boates paulistas e cariocas antes da maioridade e era
escondido embaixo do balcão das casas quando o Juizado de Menores passava para
fiscalizar.
Tempos depois, passou a ser figura recorrente no programa do
Chacrinha, que ele considera o “pai de sua carreira artística”. Foi na
televisão que conquistou espaço e sucesso com o hit "Tudo passará",
uma de suas primeiras músicas.“Ele foi um divisor de águas na minha vida. Me
deu oportunidade e comida. Devo muito ao falecido amigo. Foi muito difícil ser
cantor de brega e anão neste país”, relembrou Ned em entrevista ao G1 em 2012.
Um acidente vascular cerebral, sofrido em 2003, fez Ned passar os
últimos anos sob a guarda e cuidados da irmã Neuma. O AVC afetou sua parte
vocal, assim como memória.
Com 32 discos gravados em português e espanhol, Ned cantou no Carnegie
Hall e no Madison Square Garden, ambos em Nova York. Seu grande hit foi “Tudo
passará”, faixa que era sua predileta, conforme contou ao G1. “É a que mais
gosto. Quando cantei em um programa fui aplaudido de pé no meio da música. Isso
é ser brega? Quem não é brega quando fala de amor? É o amor que é brega, não a
minha música.”
A partir de 1990 passou a cantar canções evangélicas, após ter-se
convertido ao neopentecostalismo, tendo conquistado um Disco de Ouro já no seu
primeiro lançamento gospel.
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