Os sete principais cuidados com a criança na piscina
A notícia de que uma menina de dois anos de idade morreu na tarde de ontem (23) afogada em Itamaracá, nos remete aos cuidados que os nossos pequenos devem ter enquanto divertem-se na água. O ACh...Blog separou para todos os pais uma matéria importantíssima, com dicas de segurança quando o assunto é crianças X piscina,
Por volta dos seis meses de vida,
o bebê já pode ser estimulado na piscina e aproveitar muitos benefícios. Um
estudo recentemente divulgado por pesquisadores do Griffith Institute for
Educational Research, na Austrália, aponta que quanto mais cedo a criança
aprende a nadar melhor é o seu desenvolvimento intelectual. No entanto, pais e
responsáveis precisam ter muito cuidado para evitar acidentes. Segundo o
Ministério da Saúde, em 2010, 1184 crianças e adolescentes de até 14 anos morreram
vítimas de afogamento no Brasil, o que representa quase três óbitos por dia.
Para acertar nas medidas protetoras e garantir um verão divertido e seguro para
o pequeno, confira os maiores cuidados que os especialistas recomendam.
1. Uso de boias
A necessidade de usar boias vai
depender muito de quanto a criança está acostumada a nadar. Um profissional
especializado em natação infantil poderá ajudar a determinar isso. "Nas
aulas de natação, fazemos uma ambientação aquática de modo que a criança tenha
segurança e capacidade de nadar sem a boia, mas isso só acontece com o
tempo", conta a professora e especialista em natação infantil Mari
Ferreira, da Escola Mundo Azul, em São Paulo.
Usando ou não as boias, é
fundamental que os pais fiquem sempre atentos quando as crianças estiverem na
praia ou na piscina. "As crianças devem ser supervisionadas a cada segundo
e sempre por um adulto que não tenha medo da água e que saiba como proceder em
casos de emergências", afirma a fisioterapeuta Paula Olinquevitch,
especialista em estimulação pré-natal e infantil do Instituto Little Genius de
Pesquisa e Estimulação. Há o risco, por exemplo, de a criança com boias nos
braços se desequilibrar e ficar com o rosto na água, podendo se afogar.
2. Piscinas com grande profundidade
Não sustente a falsa impressão de
que não há problemas quando a criança consegue ficar de pé - há risco de
afogamento em qualquer área da piscina, mesmo na parte mais rasa. Mas é verdade
também que nadar em piscinas de maior profundidade exige uma atenção ainda
maior dos pais. "Preferimos fazer com que a criança se adapte primeiro ao
ambiente aquático com auxílio dos pais até que consiga se descolocar sozinha
para só então ir a uma piscina mais profunda", conta a professora Mari
Ferreira. Para crianças que já sabem nadar bem, o cuidado é o mesmo do que o
uso de boias: os pais devem estar por perto e sempre a postos para entrar na
água a qualquer momento.
3. Pais e responsáveis precisam
entrar na piscina?
Bebês com até dos dois anos
sempre devem estar acompanhados, mesmo que estejam em uma piscina de 10
centímetros de profundidade. "Esse cuidado deve ser redobrado quando
outras crianças estão compartilhando a piscina, já que podem afundar o bebê sem
querer ou formar ondas na água que cubram o rosto dele", alerta a
fisioterapeuta Paula.
Já as crianças mais velhas e
acostumadas com a água podem ter a supervisão de fora - sempre com cuidado. Na
praia, por exemplo, não adianta ficar sentado embaixo do guarda-sol observando
a criança distante nadando no mar. "Fique atento para não cochilar, não
dar as costas para a criança, evitar atender telefonemas que possam distraí-lo
ou sair para buscar algo e deixá-la sem supervisão, mesmo que por alguns
minutos", acrescenta Paula.
4. Brincadeiras na borda da piscina
Na escola que Mari Ferreira dá
aula, são feitas algumas brincadeiras para conscientizar as crianças sobre o
perigo que brincar na beira da piscina representa. "Pedimos, por exemplo,
que elas tragam uma camiseta para sentirem como é difícil nadar de roupa e
aprenderem a tirá-la se algum dia acontecer o acidente de caírem na
piscina", conta a especialista.
Para os pais que não têm filhos
matriculados em escolas de natação, vale a pena investir em uma conversa
cuidadosa para que eles entendam quais são as regras ao usar a piscina. O
cuidado é o mesmo para brincadeiras dentro da água: abraçar, afundar o
amiguinho e outras atitudes não devem ser aceitas.
5. Deixar boias e pranchas
espalhadas é mais seguro?
Na verdade, a principal forma de
segurança é a atenção constante dos pais ou responsável. "Boias podem dar
a falsa impressão de que a criança está segura e não precisa de supervisão, o
que não é verdade", conta a professora Mari Ferreira. Se a criança engolir
muita água e se afogar por conta de uma brincadeira ou um desequilíbrio,
dificilmente conseguirá chegar até uma boia para se segurar.
6. Cloro da piscina
Apesar de a natação e as
atividades aquáticas serem recomendadas para o desenvolvimento da criança, a
água da piscina precisa ser adequadamente higienizada para preservar a saúde
dela. "O cloro irrita a pele e as mucosas do nariz e dos olhos, podendo
desencadear crises de asma, rinite alérgica e dermatite", explica a
fisioterapeuta Paula. Bebês são ainda mais sensíveis ao cloro. Por isso, o
ideal é procurar uma academia de natação ou uma piscina que tenha um tratamento
menos agressivo, como:
- A radiação ultravioleta, que é
capaz de inativar microrganismos;
- O uso de ozônio (gás natural)
que combate bactérias, algas, fungos e vírus e é considerado o mais eficaz e
seguro método de tratamento de água para crianças;
- Uma associação de vários
métodos, com a aplicação mínima de cloro.
7. Brincadeiras com baldes e bacias
Essa é para os bebês: parece que
não há perigo algum deixar a criança pequena brincando com um balde de água,
mas muitos dos afogamentos nessas situações podem acontecer durante os poucos
segundos que os pais se distraem para atender um telefonema. A ONG Criança
Segura, que tem o objetivo de orientar os pais dos maiores acidentes dentro de
casa com a criança, indica que a maioria desses acidentes ocorre por descuidos,
como: deixar o portão da piscina destrancado, sair para atender a porta da
frente ou pegar a toalha enquanto o bebê está sozinho brincando com baldes ou
na piscina, deixar a porta do banheiro aberta e a tampa da privada destampada
(na faixa etária até dois anos, até vasos sanitários podem ser perigosos),
entre outros.
Fonte: Site Minha Vida.
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